ENTREVISTA DA AGÊNCIA REUTERS A ARTUR MAS PUBLICADA NO ESTADÃO
Deixa un comentariPublicado originalmente em 04 de junho 2014
Líder da região de sete milhões de habitantes, Mas disse em entrevista à Reuters que está buscando uma fórmula jurídica para realizar uma votação não-vinculante, porém o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disse que qualquer formato é ilegal.
“O governo central tem que abandonar a sua miopia política. Que simplesmente não se meta em uma consulta que vai ser feita estritamente na Catalunha”, disse o político de 58 anos.
“Eu não aposto na mudança constitucional… mas (se acontecer) coloco uma condição: que se esta via surgir, e não depende de nós, coloque-se ao lado da pergunta acordada pelas instituições catalãs sobre a independência”, declarou Mas.
O discurso político deste economista sofreu uma alteração drástica há dois anos, depois da sua tentativa fracassada de negociar com o governo de Rajoy uma mudança na relação fiscal com a Espanha, a cuja economia a Catalunha cede um quinto dos seus ganhos.
Amparado no amplo respaldo popular – 1,5 milhões de pessoas se manifestaram nas ruas de Barcelona em setembro de 2012 pedindo a independência –, Mas convocou um referendo.
Embora o diálogo com Madri esteja estancado, a CiU irá propor neste mês ao Parlamento catalão uma lei que assentará as bases da consulta de 9 de novembro, apenas dois meses depois de um referendo independentista na Escócia.
“O Estado espanhol, quando aceitar a consulta, o que tem que fazer é convencer os catalães de que é melhor ficar na Espanha, como faz o governo britânico”, declarou Mas, que afirmou que um “sim” na Escócia seria bom para a Catalunha.
Reuters