Da Catalunha para o Mundo

Blog da Taíza Brito e do Gerard Sauret

Arxiu de la categoria: Think Tanks

O INDEPENDENTISMO E A UNIÃO EUROPEIA

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O diretor geral honorário da Comissão Européia, Graham Avery, publicou ontem no site do European Policy Centre (EPC) um relatório intitulado “Independentism and the European Union”. O texto trata sobre a política da União Europeia (UE) em relação à questão da independência, com preocupação especial pelo caso da Escócia (Reino Unido), que tem reflexos indiretos na Catalunha (Espanha) e em Flandes (Bélgica). O EPC (Centro de Políticas Européias, em português) é um Think Tank independente fincado em Bruxelas, espécie de observatório das políticas públicas europeias.

Avery, que é assessor principal do EPC e já trabalhou como alto funcionário da UE, ressalta que escreveu o relatório a título pessoal, mas com maior objetividade possível.  Preocupado com a desinformação em relação à atual polêmica da possível expulsão de uma Escócia independente da União Europeia, resolveu produzir o texto.

A conclusão do documento é que a política implícita da UE no tocante ao independentismo na Europa consiste numa recusa inicial, seguida de uma aceitação pragmática. “Quando a independência é iminente ou tornou-se um fato estabelecido, a reação da UE e dos seus estados membros tem sido a de tratar a questão e tentar encontrar soluções para os problemas resultantes”, disse Avery.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Think Tanks el 8 de maig de 2014 per TaizaBrito

UM PODER MILITAR SUPERIOR E INDEPENDENTE DO PODER CIVIL

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Artigo publicado originalmente em inglês pelo Centre d’Estudis Estratègics de Catalunya (CEEC), na terça feira, 29 de abril de 2014, sob o título A military independent of and superior to the civil power

Na imagem, cena da assinatura da constituição dos Estados Unidos

 

A Declaração de Independência dos EUA é um texto clássico no pensamento jurídico e político, encarnando muitos dos ideais pelos quais os povos lutaram e continuam lutando.

Não é por acaso que leituras públicas desse texto têm ocorrido nesses últimos meses na Catalunha, uma vez que “a terra dos livres” é, e continua sendo, uma fonte de inspiração para os povos amantes da liberdade em qualquer lugar. Os redatores da Declaração da Independência os EUA foram muito cuidadosos para explicar o porquê, depois de muito tempo buscando uma recondução dentro do marco constitucional do Império, se sentiram compelidos a apostar pela própria soberania. Eles estavam cientes, e explicitamente o disseram, que esta não era uma decisão fácil, tomada no calor do momento. Pelo contrário, foi somente após anos de reiteradas petições de boa fé, todas sem sucesso, que determinaram que o único caminho para continuar avançando era a independência.

Algumas das razões expostas pelos Pais Fundadores são bem conhecidas e muitas vezes são nomeadas no discurso político e popular. No entanto, não é uma má ideia ler, vez por outra, o texto original, entre outras razões para nos certificar de que não esqueçamos outras passagens menos famosas, embora igualmente significativas.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Think Tanks el 7 de maig de 2014 per TaizaBrito

CONTINENTE À DERIVA: DISSIDÊNCIAS EUROPEIAS

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UMA MANCHETE À DERIVA:

A revista americana The Nation, sediada em Nova York, publicou em 9 de abril um interessante artigo de Conn Hallinan, sobre os recentes processos de independência em curso na União Europeia. Hallinan é doutor em antropologia, jornalista e colunista independente do Foreign Policy in Focus (FPiF), “um Think Tank sem muros” que preza por uma política exterior americana mais responsável.

Com profundidade analítica, o artigo apresenta os casos de Escócia, Catalunha, Flandes (Bélgica) e do Norte da Itália (Tirol do Sul e Padânia), lembrando como as fronteiras no velho continente nunca foram imutáveis e sempre estão prestes a se mexer.

The Nation abriu o artigo de Hallinan com a manchete: How Ethnic Tensions and Economic Crisis Have Strengthened Europe’s Secession Movements (Como as tensões étnicas e a crise econômica têm fortalecido os movimentos de secessão europeus). O artigo havia sido publicado originalmente no blog do autor e no site do FPiP como: “Continental drift: Europe’s breakaway” (Continente à deriva: dissidências europeias).

Curiosamente o artigo mudou de nome, de novo, quando ganhou a sua tradução para o português, pelas mãos de Antonio Martins. Em 13 de abril, a revista digital “Outras Palavras” publicou em seu site o artigo na íntegra, agora intitulado “Independências, o novo fantasma europeu”. A tradução ainda apareceu replicada com esse mesmo título nas webs da revista Fórum (14 de abril) e no site Mercado Ético (15 de abril). Por respeito a seu autor, replicamos neste blog o artigo, na língua de Camões, mas com o título original fielmente traduzido.
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Aquesta entrada s'ha publicat en Think Tanks el 17 d'abril de 2014 per TaizaBrito