24 d'agost de 2010
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O ocaso dos média em galego

Primeiro fechou Gz nación e, coincidindo com o Dia da Pátria, disseram adeus Chuza e Vieiros. Mas os problemas financeiros também ameaçam A Nosa Terra e A Peneira

A morte ou a agonia dos principais meios de comunicação em galego é sintomática do período de decadência que está a viver a língua própria da Galiza, uma decadência agudizada pola chegada do espanholista Governo Feijóo. Assinalemos que muitas destas empresas jornalísticas nasceram à sombra dos subsídios, primeiro, do fraguismo e, depois, do bipartido e que como empresas viveram em uma precariedade permanente. O último editorial de Vieiros reconhecia esta fraqueza “Os medios en galego viviron e viven fundamentalmente da publicidade e convenios institucionais e en moita menor medida do escaso mais valioso apoio privado”. Assim, o único diário em galego, Galicia Hoxe (antes O Correo Galego) nasceu sob a inspiração política do Partido Popular de Fraga-Cuínha. Agora, o duo que ordena no Partido Popular é Rajoy- Feijóo e os interesses políticos, como era de esperar, mudaram.

 

O portal digital Gz nación foi criado em 2006 pola sociedade Carrumeiro Media, ligada a conhecidos dirigentes do Bloque Nacionalista Galego. No verão de 2008 chegou a ter uma edição mensal em papel Gz nación Em Movemento, que, segundo a própria empresa, atingiu 52.000 exemplares de tiragem. Este periódico desapareceu poucos dias depois da perda das eleições polo bipartido.

 

Chuza! era um “agregador de notícias não hierárquico” nascido em 2006, portal em que a própria comunidade de usuários e usuárias seleccionava democraticamente as notícias. Chegou a ter cinco mil visitantes.

 

Desde há quinze anos, Vieiros afirmou-se como um meio digital de referência do ciberespaço galego por ter uma linha editorial autocentrada na Galiza e aberta ao espaço lusófono. Os seus problemas económicos, é claro, começaram com a vitória de Feijóo.

 
Agonia, portanto, da Asociación de Medios en Galego, constituída en 2004 pol’A Nosa Terra, Vieiros, Tempos Novos, A Peneira e Galicia Hoxe e de que agora fazem parte também os comarcais Terra Cha Xa e O Sil e o jornal gratuíto De Luns a Venres.

Neste panorama desolador, contrasta, paradoxalmente, a situação do Novas da Galiza, periódico mensal escrito com ortografia internacional, que continua a incrementar a tiragem e o número de páginas, depois de oito anos na rua. Surgido e mantido graças à iniciativa popular, o Novas da Galiza alarga dia a dia a sua base social. Deve-se assinalar que o Novas da Galiza foi excluído da Asociación de Medios en Galego por não empregar a ortografia espanhola e pola sua linha soberanista. Resiste também Galiza Livre, um portal informativo independentista. Mais recente é a criação de Diário Liberdade, autodefinido como portal anticapitalista e dos países lusófonos.

 

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