Coincidindo com o centésimo aniversário do nascimento de Ricardo Carvalho Calero multiplicam-se por todo o país as homenagens ao que foi primeiro catedrático de galego-português da Universidade de Santiago de Compostela.
Dos diversos atos programados o mais significativo foi, sem dúvida, a inauguração em Santiago de uma estátua em sua honra. O monumento, da autoria de José Molares, foi promovido pola Fundaçom Meendinho e financiou-se, fundamentalmente, com contributos populares e de diversas entidades, como o da associação de empresários graniteiros do Porrinho. Na inauguração intervieram representantes das três universidades galegas, da Academia Galega da Língua Portuguesa, da Associação Sociopedagógica Galego-Portuguesa, da Associaçom Galega da Língua, da Câmara Municipal, da Confederación Intersindical Galega e da própria Fundaçom Meendinho. Em nome de toda a família, a sua filha Margarida agradeceu a homenagem.
Também a Fundaçom Meendinho está a organizar em Vigo e Ourense, durante todo este mês de novembro, um simpósio sobre a obra e vida de Ricardo Carvalho Calero, intitulado “Das falas galegas até o galego-português ou português da Galiza”.
Pola sua parte, a Academia Galega da Língua Portuguesa, reunia no passado dia 28 de outubro em Santiago três especialistas arredor da figura de Carvalho: José Luís Rodríguez, António Gil Hernández, e Xavier Vásquez Freire. No mesmo dia, o Bloque Nacionalista Galego, colocava uma placa comemorativa na morada lucense do professor.
Em Ferrol, cidade natal de Carvalho, a Câmara Municipal está a programar uma série de atos (confêrencias, obras teatrais escolares, exposições, reedição das suas obras mais conhecidas…) agrupados sob o título “Carvalho Calero, de Ferrol para o mundo”. No bairro de Esteiro, a Fundaçom Artábria pintou um mural com a efígie de Carvalho e uma citação sua.
O duo A Minha Embala, projeto da angolana Aline Frazão e do castelhano César Herranz, ganhou o concurso Musicando Carvalho Calero, organizado em parceria pola Associaçom Galega da Língua (AGAL) e Komunikando, e que tinha como objetivo sonorizar a figura do professor Carvalho Calero através da musicalização da sua obra poética. O tema vencedor foi Maria Silêncio.
A memória e a obra do reintegracionista Ricardo Carvalho Calero, filho predileto da Galiza (segundo decisão unânime do Parlamento em 96), continuam bem vivas no centenário do seu nascimento e no vinte aniversário da sua morte, apesar do silenciamento do governo e da Real Academia Galega.
Mais informação no Canal Carvalho do Portal Galego da Língua.
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