Ora, dentro dos orçamentos especificamente “normalizadores”, ficam com a parte do leão a Confederação de Empresários da Galiza (CEG) com 50.000 euros, o Conselho da Cultura Galega com 36.000 euros e a Federação Espanhola de Religiosos do Ensino-Centros Católicos (FERE-CC) com 35.000 euros ou seja o empresariado, a “inteligência” galeguista oficial e as escolas privadas/concertadas de carácter confessional… E não seremos nós a duvidar do amor platónico dos empresários ou da Igreja (Católica) Espanhola pola nossa língua ou da frenética atividade do Conselho da Cultura.
Entretanto, neste tempo de “vacas magras”, e já com subsídios estupefacientes escassos, o galego agoniza mas não morre, como dizia a letra daquela música do Nelson Sargento da Mangueira. É apenas mudar na canção “samba” por “galego” e temos uma boa explicação do que acontece com a malfadada língua da Galiza:
“Samba, agoniza mas não morre Alguém sempre te socorre Antes do suspiro derradeiro
Samba, negro forte destemido Foi duramente perseguido Nas esquinas, no botequim, no terreiro
Samba, inocente pé no chão A fidalguia do salão Te abraçou, te envolveu .
Mudaram toda a sua estrutura Te impuseram outra cultura E você nem percebeu.”
Ai! Será que o Brasil nos salvará? Será que, como afirmam Valentim R. Fagim e José R. Pichel no seu último ensaio, «O galego (ainda) é uma oportunidade»?
PS O dia 20 de agosto, faleceu aos 98 anos Avelino Pousa Antelo, último representante das Mocidades Galeguistas e presidente da “Fundación Castelao”. Bom e generoso!
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