Após longa espera, o Acordo Ortográfico, que entrara em vigor no Brasil no início de 2009, deverá começar a ser aplicado em Portugal a partir de janeiro. Segundo afirmou a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, já no próximo ano, manuais escolares ou o Diário da República deverão adaptar-se ao novo Acordo. Além disso, Gabriela Canavilhas admitiu que se está a “refletir maduramente” sobre a criação de uma Academia da Língua Portuguesa que abrangeria toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Ainda envolvido no além-Minho na polémica , este Acordo Ortográfico foi aprovado em dezembro de 1990 em Lisboa por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Portugal com a participação de uma delegação de observadores da Galiza.
Para vigorar, o Acordo Ortográfico deveria ser ratificado por um mínimo de três dos oito estados que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o que foi alcançado em 2006 com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil. Portugal promulgou o decreto em julho de 2008. Timor Lorosae, que só aderiu em 2004 após a independência da Indonésia, fê-lo em setembro de 2009. A Guiné-Bissau ratificou o texto em dezembro último. Faltam, por enquanto, Angola e Moçambique.
Na Galiza a adesão ao Acordo Ortográfico ainda é um fenómeno minoritário, liderado pola Academia Galega da Língua Portuguesa, presidida por Martinho Montero Santalha. O Instituto Camões na Galiza começará em fevereiro uma campanha de “sensibilização” para o Acordo Ortográfico, que será complementada com ações de formação específica para os docentes de português, segundo anunciou o seu responsável Samuel Rego.
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