18 d'abril de 2011
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Memória de Ernesto Guerra da Cal

Com o apoio da Academia Galega da Língua Portuguesa e de outras treze instituições culturais da Galiza, de Portugal e do Brasil está-se a comemorar o centenário do nascimento do escritor e investigador Ernesto Guerra da Cal (Ferrol, 1911 – Lisboa, 1994). Guerra da Cal é, paradoxalmente, um dos vultos da cultura galega mais conhecidos internacionalmente e menos conhecidos no seu próprio país. As duas razões que explicam este silenciamento (melhor seria falarmos em censura) são o seu reintegracionismo e o seu independentismo.

Realiza os seus estudos universitários em Madrid, onde trava amizade com destacados intelectuais galeguistas e da Geração de 27, como García Lorca, com quem colabora na gestação dos “Seis poemas galegos”. Na guerra de 36, combate nas Milícias Galegas e, posteriormente, serve no Servicio de Información Militar do Ministério da Guerra republicano, com posto em Nova Iorque.

Exiliado nos Estados Unidos, renuncia à nacionalidade espanhola e completa os seus estudos universitários, doutorando-se em Filologia Românica pola Columbia University e obtendo, em 1951, uma cátedra na New York University. Foi coautor do “Dicionário das Literaturas Portuguesa, Galega e Brasileira” (1956), mas é com a sua obra “Língua e Estilo de Eça de Queiroz” (1966) que consegue o reconhecimento internacional, atingindo as mais altas distinções institucionais e académicas nos EUA, Portugal e Brasil. O governo franquista, conhecedor do seu prestígio académico, convida-o a regressar (anticomunista e católico, Guerra da Cal não era considerado politicamente perigoso), mas ele recusa-se a voltar a uma Galiza que considera ocupada.

Precursor do reintegracionismo linguístico, publica os poemários “Lua de Além-Mar” (1959) e “Rio de Sonho e Tempo” (1963), primeiros livros em que um autor galego moderno aposta explicitamente no uso da ortografia portuguesa.

Já professor emérito, retorna à Europa, primeiro ao Estoril, e posteriormente a Londres. Apesar exilado, nesses anos conseguiu dar novo alento ao movimento reintegracionista. Foi graças aos seus contatos internacionais que uma Delegação de Observadores de Organizações Não Governamentais galegas alcança um posto de observadora nas negociações dos Acordos Ortográficos do Rio (1986) e de Lisboa (1990). Sendo nomeado Presidente de Honra da “Comissão para a Integração da Língua da Galiza no Acordo da Ortografia Unificada”.

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