24 d'agost de 2011
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Desaparece ?Galicia Hoxe?

Confirmados os piores prognósticos. No dia 28 de junho, uma data simbólica, aniversário do primeiro estatuto de autonomia e do retorno dos restos de Castelão à Galiza, desaparecia “Galicia Hoxe”, o único diário galego escrito integralmente na nossa língua (ainda que em normativa castelhanizante).

Em janeiro de 94, saía à rua pola primeira vez “O Correo Galego”, apenas um resumo traduzido de “El Correo Gallego”, o seu irmão mais velho. A operação mediática contava com a cumplicidade política e o apoio económico do Governo Galego, então dirigido por Fraga e Cuínha. O fraguismo conseguia destarte paralisar uma outra iniciativa para editar um jornal em galego de linha galeguista.

 

Em 2003, “O Correo Galego” mudava o nome para “Galicia Hoxe”, queria marcar assim este diário uma certa autonomia dentro do Grupo Correo e deixar de ser uma mera tradução. Dirigido a um público fundamentalmente nacionalista, “Galicia Hoxe” virava à esquerda e radicalizava as suas posições. Algo que se tornou muito mais evidente com a chegada do bipartido e que depois se manteve com o Governo Feijóo… tinha até artigos escritos em ortografia internacional, como os de J. R. Pichel ou Camilo Nogueira!

 

A crise económica foi a escusa perfeita para o novo governo autonómico do Partido Popular diminuir consideravelmente as subvenções diretas aos meios de comunicação em galego (oficial). No entanto, continuou a subvencionar-se de forma encoberta os jornais “amigos”, que como “La Voz de Galicia” “fizeram” a campanha eleitoral de Feijóo… num perfeito castelhano, é óbvio. E assim, os meios de comunicação em galego (oficial), falhos, por sua vez, do suficiente apoio popular, foram falindo um a um: “Vieiros”, “A Nosa Terra”, “A Peneira”, “Galicia Hoxe”… Um outro diário opositor, com alta percentagem de conteúdos em galego, “Xornal de Galicia”, também desapareceu em agosto.

 

“Galicia Hoxe” e “Xornal de Galicia” mantêm, por enquanto, versões digitais.

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