16 de juny de 2011
0 comentaris

40º aniversário do ‘Instituto da Lingua Galega’

Em 1970, já nos últimos estertores da ditadura franquista, foi aprovada a Lei Geral de Educação, que previa a introdução das “línguas regionais” no ensino. Foi nessa conjuntura que Constantino García, catedrático de filologia românica da Universidade de Santiago de Compostela, promoveu a criação, na primavera de 1971, do Instituto de la Lengua Gallega.
O Instituto da Lingua Galega (ILG) nasceu como um centro de investigação  universitário dedicado ao estudo da língua própria da Galiza. Porém, com o passar dos anos, converteu-se no principal responsável pola normativização castelhanizante das falas galegas, numa trajetória que começa em maio de 71 com o manual“Gallego 1”, e culmina, já em 82, com a publicação das Normas ortográficas e morfolóxicas do idioma galego, oficializadas polo governo autonómico da Alianza Popular.

O rascunho de Gallego 1 foi elaborado por um grupo de trabalho, onde destacavam Antón Santamarina e Guillermo Rojo. Neste grupo viria integrar-se também, algo mais tarde, Ramón Lorenzo. Estava-se a constituir o núcleo duro que  protagonizaria o processo de normalização institucional da língua da Galiza.

Constantino García, um asturiano de Uvieu chegado à Galiza em 65, dirigiria o ILG entre 1971 e 1991. Em 82 ingressou na Real Academia Galega, instituição da qual foi secretário entre 1997 e 2001, e em 93 participou na fundação do Centro Ramón Piñeiro que também dirigiu. Antón Santamarina atingiu em 83 a cátedra de filoloxía românica, em 88 entrou na Real Academia Galega e dirigiu o ILG entre 1991 e 2005, tendo sido simultaneamente, entre 92 e 97, vice-presidente do Consello da Cultura Galega. Guillermo Rojo é, desde 81, catedrático de língua espanhola e faz parte desde 2001 da Real Academia Espanhola. Na atualidade dirige o Banco de Dados do Espanhol e coordena científicamente o Centro Ramón Piñeiro. Ramón Lorenzo, desde 81, catedrático de linguística e literatura galega, ingressou na Real Academia Galega em 99 e este mesmo ano foi-lhe outorgado o Prémio Trasalva que concede a Fundação “Otero Pedraio”.

Nestes quarenta anos o ILG codificou o galego-castelhano (Carvalho dixit) com o beneplácito do poder e a nossa língua passou de ser esmagadoramente maioritária na Galiza a quase minoritária. Minorizada ainda continua… a culpa, é claro, têm-na os lusistas.

Mais informação.

Deixa un comentari

L'adreça electrònica no es publicarà. Els camps necessaris estan marcats amb *

Aquest lloc està protegit per reCAPTCHA i s’apliquen la política de privadesa i les condicions del servei de Google.

Us ha agradat aquest article? Compartiu-lo!