21 de juny de 2013
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Teses linguísticas aprovadas na I Assembleia de Anova

No segundo fim de semana de junho, Anova, a organização política liderada por Xosé Manuel Beiras, realizou a I Assembleia. Anova está integrada na coligação Alternativa Galega de Esquerdas (AGE), que é a terceira força política parlamentar, com 9 deputados.

O documento político aprovado nesta I Assembleia estabelece que «será favorecido o protagonismo social nos processos de normalização da língua e trabalhar-se-á polo monolinguismo social em galego atendendo à nossa pertença ao sistema linguístico galego-português». Outras emendas linguísticas ratificadas foram:

        «Anova entende que o ensino público deve ir aplicando progressivamente metodologias de imersão em galego, que demonstraram a sua eficácia no contexto educativo de outras línguas minorizadas. Anova apoiará experiências de ensino cooperativo popular que tiverem o galego como língua de imersão». Na defesa desta emenda foi citada, como exemplo referencial, a escola “A Semente”.

        «Anova pensa que o acesso a fundos públicos por parte das empresas com sede na Galiza deverá estar condicionado pola coutilização ou utilização exclusiva da língua galega em qualquer das suas ortografias, no seu âmbito interno e externo».

        «Anova fará esforço por assentar a sua estrutura organizativa nas regiões de língua galega das comunidades autónomas das Astúrias e Castela e Leão».

            Aprovaram-se também diversas emendas inspiradas no espírito da ILP “Valentim Paz-Andrade”:

        «Anova apoiará e promoverá ativamente a incorporação do ensino da língua portuguesa em todos os níveis de ensino público regrado».

        «Anova fomentará as medidas necessárias para conseguir a receção aberta em território galego dos meios audiovisuais lusófonos em geral e portugueses em particular com o objetivo de tornar familiares nos ouvidos dos galegos e galegas outros sotaques da nossa língua».

        «Anova considera que o relacionamento com os países de língua oficial portuguesa é estratégico para o povo galego. Fomentará tanto a participação de todas as instituições, das locais às nacionais, em foros lusófonos de todo o tipo, assim como a organização na Galiza de eventos com presença de entidades e pessoas de territórios que tiverem o português como língua oficial».

No entanto, outras emendas foram chumbadas, mas por poucos votos:

          «Com o modelo da Noruega como horizonte, Anova estudará a possibilidade dum binormativismo que contemple o reconhecimento de dous sistemas gráficos, um autónomo e outro convergente com o português, reconhecendo ambos como legítimos para a língua da Galiza, recolhendo o pensamento duma parte significativa do movimento normalizador do galego. Neste sentido, Anova é um espaço inclusivo e acolhedor para as pessoas que participam das diferentes propostas ortográficas da língua galega, prefigurando no seu seio uma sociedade onde estas possam conviver de maneira democrática, tolerante e mutuamente enriquecedora».

          «Todos os órgãos – e os afiliados e afiliadas enquanto tais – empregarão exclusivamente a língua galega, em qualquer das suas grafias, exceto para aquelas atividades e comunicados a desenvolver fora do país».


Esta última recebeu 211 votos a favor, 78 a contra e 34 abstenções, mas ao ser uma emenda à tese organizativa estatutária precisava de uma maioria de 2/3 do voto emitido para passar. Contudo, o facto de não ter sido aprovada não implica qualquer modificação em relação à situação precedente, dado que Anova, desde a sua constituição, pratica e continuará a praticar a liberdade normativa dos seus militantes e órgãos, tanto na sua comunicação interna quanto na externa.

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