Da Catalunha para o Mundo

Blog da Taíza Brito e do Gerard Sauret

Arxiu de la categoria: Col·lectiu Emma

Agora é hora de um golpe de ousadia

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Para compreender o dia histórico que se descortina na Catalunha, recomendamos a leitura do artigo de opinião de Jorge Fiel para o Jornal de Notícias, de Portugal, também referendado pelo Col·lectiu EMMA, que dedica-se à difusão em outras línguas do processo soberanista catalão.

Ara és l”hora de un cop de rauxa”
Jornal de Notícias
Publicado originalmente em 07/09/14

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Col•lectiu EMMA: o relógio continua a contar na Catalunha

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Novo editorial do Coletivo EMMA: "8 de Abril, Madri: um voto irrelevante"

Publicado originalmente pelo Collectiu Emma, em 23 de julho de 2014

A menos de quatro meses de 9 de novembro, a data marcada para o referendo sobre a independência na Catalunha, a tendência para uma solução negociada – a chamada “terceira via” – parece ter perdido a batalha.

Numa tentativa para assegurar um compromisso que conseguisse manter o Estado unido, representantes de influentes grupos de interesses da Catalunha, muitos deles com ligações económicas ao setor público espanhol, têm solicitado aos poderes de Madrid que proponham uma oferta de melhor acordo financeiro e de mais amplas medidas de autogoverno para os catalães. Respeitadas vozes internacionais também têm incitado a Espanha a uma mudança de atitude, mais de acordo com a linha de atuação seguida pelo Governo britânico em relação à Escócia – permitir um referendo na Catalunha e então promover uma forte campanha a favor do voto no “não”.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 29 de juliol de 2014 per TaizaBrito

OS OBSTÁCULOS DE UMA TERCEIRA VIA PARA A CATALUNHA

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Considerando a conjuntura atual na Espanha, em que a nomeação do novo chefe de estado, Felipe VI, coincide com o aumento das pressões da mídia internacional (Financial Times, Reuters, etc.) para que o governo adote uma solução institucional negociada diante da questão catalã, traduzimos o texto abaixo de Carles Boix, cientista político e catedrático na Princeton University, e de J.C. Major, membro do Coletivo EMMA, grupo de opinião independente na Catalunha.

 

COL.LECTIU EMMA & WILSON INITIATIVE

Publicado originalmente em inglês em 09/06/14

THE HURDLES OF A THIRD WAY FOR CATALONIA

Carles Boix e J.C. Major

No seu editorial de 5 de maio, o Financial Times pediu mais uma vez às autoridades espanholas para trabalhar em um acordo destinado a resolver a questão catalã. O mesmo pleito tem sido feito mais ou menos explicitamente por outros atores internacionais. Da mesma forma, em Madri, bem como em Barcelona, ??alguns pequenos, porém influentes, grupos percebem que o arranjo territorial hoje em vigor na Espanha é impraticável e estão chamando, cada um a sua maneira, por uma solução negociada. Só esta semana, alguns viram no anúncio da abdicação do rei espanhol uma oportunidade para superar o atual impasse.

Esta pode ser uma tarefa difícil, dada a distância entre o que Madri pode considerar uma oferta razoável e o que até mesmo os mais ávidos catalães defensores de uma “terceira via” estariam dispostos a aceitar a fim de evitar as incertezas de um processo de independência.

Neste ponto, oferecer a revisão da configuração administrativa atual ou a redução do déficit fiscal da Catalunha, não será suficiente. A solução para a questão catalã vai muito além da devolução de poderes adicionais ou a renegociação de um acordo financeiro injusto e ineficiente.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 18 de juny de 2014 per TaizaBrito

Novo editorial do Coletivo EMMA: “8 de Abril, Madri: um voto irrelevante”

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Do Coletivo Emma (
Col·lectiu Emma).
Publicado originalmente em 14/04/2014

Na passada terça-feira, dia 8 de Abril de 2014, os representantes do Parlamento Catalão foram a Madrid para solicitar ao Congresso espanhol a autorização da convocatória de um referêndum para conhecer a opinião do povo catalão sobre a relação actual e futura com Espanha.

É de conhecimento generalizado, que uma grande parte de catalães não estão confortáveis com o caminho que segue a política espanhola ultimamente, e sente o impacto que este facto está a causar no seu estado colectivo dentro de Espanha. Pelo que, não parece fora do lugar, então, tentar descobrir o grau exacto e a generalidade do descontentamento da sociedade catalã. Seguindo o exemplo do Reino Unido, onde os poderes de convocatória de um referêndum nos mesmos termos, foram delegados ao Parlamento Escocês, os legisladores catalães solicitaram ao Congresso a aprovação de um plano que permitiria convocar a consulta dentro do âmbito da legislação espanhola.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 16 d'abril de 2014 per TaizaBrito

2014: Será tempo de atores externos ajudarem a conduzir o processo catalão?

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 22/01/2014

Os catalães encetaram um caminho que pode levar à independência da sua Nação em relação a Espanha. As razões que apresentam – históricas, culturais, económicas, sociais e políticas – para querer empreender esse caminho foram minuciosamente explicadas e são cada vez mais reconhecidas como válidas em muitos setores. A decisão de procurar uma alternativa ao presente posicionamento político foi tomada apenas depois de todas as propostas para ajudar a remodelar o Estado como uma verdadeira “nação de nações” ter enfrentado a rejeição, muitas vezes com a afronta acrescentada de um tratamento humilhante. E, ultimamente, com um endurecimento da posição do lado oposto e um pendor para políticas inflexíveis que trazem à memória um passado ditatorial que era suposto a Espanha ter já superado. Há quem pense que não agir agora significaria aceitar o papel subordinado conferido à Catalunha na organização da Espanha, tanto hoje como historicamente, e acabar por ceder ao projecto espanhol de completa assimilação.

Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 13 d'abril de 2014 per TaizaBrito

(Sem) Notícias da Catalunha

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 03/09/2013


Um relatório do progresso do caminho da Catalunha para a independência

Os relatos noticiosos vindos de Espanha nos meses mais recentes tenderam a focar os efeitos contínuos da crise – agravamento da dívida, aumento vertiginoso do desemprego e pouco ou nenhuns sinais de recuperação económica. Os cabeçalhos foram alimentados por sérios escândalos de corrupção envolvendo mais notoriamente a família real e os escalões superiores do partido no poder. Para rematar, até vemos presentemente o regresso da velha questão – Gibraltar – a que todos os governos espanhóis recorrem sempre que precisam que os súbditos desviem a atenção dos problemas e da incapacidade governamental para os resolver.

A situação política na Catalunha, pelo contrário, tem estado, na generalidade, ausente desses relatos. Há apenas um ano, todos os mais importantes meios de comunicação internacionais faziam eco do milhão e meio de pessoas a manifestarem-se em Barcelona, e muitos escreviam editorias sobre a aparentemente imparável instância catalã para a independência – de que pouco se ouviu desde então. Podia haver a tentação de concluir que o ímpeto se perdeu e que, depois desse inicial impulso de entusiasmo, o sonho de liberdade nacional simplesmente se desvaneceu.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 13 d'abril de 2014 per TaizaBrito

Um futuro fora de Espanha para os catalães

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 02/05/2013

Tornou-se um tema recorrente para os políticos e fazedores de opinião espanhóis advertir os catalães sobre os males que lhes adviriam se a sua Nação seguisse o caminho da independência. Alegam que isso significaria isolarem-se não apenas de Espanha como também da Europa e do mundo. E mergulhá-los-ia num atoleiro económico de profundidade insondável e duração indefinida – todo o comércio com Espanha terminaria, o novo país seria expulso da União Europeia e impedido de usar o euro, as empresas catalãs seriam excluídas dos mercados de crédito causando a falência de muitas, os trabalhadores seriam despedidos aos milhares, a administração bloquearia, os pensionistas deixariam de receber os seus cheques e os serviços públicos essenciais extinguir-se-iam por falta de fundos.

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Espanha Doente

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 19/03/2013

O mal-estar espanhol pode ser mais profundo do que o buraco económico

No início deste mês, as mais altas autoridades judiciais de Espanha forçaram a demissão do Procurador da Catalunha. Não é um representante eleito, é um funcionário público nomeado pela Capital, e o posto é tradicionalmente dado a um não-catalão. O último titular foi sumariamente destituído apenas horas depois de comentar numa entrevista a uma agência de notícias que “deve ser dada ao povo a oportunidade de expressar os seus desejos”. Parece bastante inócuo, só que a declaração foi feita no contexto do direito dos catalães a decidirem sobre o seu futuro político. Talvez por isso ele imediatamente o moderou, acrescentando que queria dizer “em geral, qualquer povo”, e apenas depois de ter clarificado que em Espanha não há “um contexto legal que permita um referendo sobre independência”. Tudo aparentemente honesto e franco. Mas, no entanto, a mera implicação de que talvez se pudesse encontrar uma maneira de os catalães terem algo a dizer sobre a matéria, transformou o que era essencialmente uma trivialidade numa proclamação inflamatória, causando a caída em desgraça do Procurador. Tanto pior para a independência do sistema judiciário – para já não falar da liberdade de expressão.

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Delinear um plano para a Catalunha

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 22/01/2013

Um novo governo regional foi agora constituído na Catalunha. Como muitas outras administrações da Europa atual, terá dificuldade em providenciar um nível adequado de serviços aos seus cidadãos e ao mesmo tempo esforçar-se por ajudar uma economia destroçada a restabelecer-se. E com uma dificuldade acrescida: ter de lidar com um governo espanhol que não facilitará nenhuma destas tarefas. Não importa que a Catalunha seja uma sociedade produtiva e uma contribuinte vital para as finanças do estado. O governo central detém o controlo sobre os dinheiros públicos e distribui ou retém fundos principalmente como um modo de promover a sua agenda política. E cada mensagem vinda de Madrid demonstra que planeia utilizar amplamente este predomínio para refrear a liberdade de ação dos catalães, combinando o estrangulamento financeiro com ataques incessantes à sua língua e cultura, incluindo o sistema educativo, num esforço para apagar todos os sinais da sua personalidade coletiva.

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O que é que as eleições na Catalunha realmente significam

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Do Coletivo Emma (Col·lectiu Emma). Publicado originalmente em 14/11/2012

As razões subjacentes às eleições de 25 de Novembro e o seu significado para a Catalunha e não só
 
Os catalães são chamados às urnas em 25 de Novembro para eleger um Governo Regional, mas estas eleições não são apenas um evento local. Muito depende do seu resultado, e não apenas para a Catalunha. O que quer que os catalães decidam pode ter profundas consequências na futura configuração do Estado espanhol, ou mesmo na sua continuidade. E também poderá ter significativas ramificações no projeto europeu.

Os meios de comunicação internacionais têm seguido os acontecimentos na Catalunha com interesse crescente, especialmente desde a manifestação pró-independência do último 11 de Setembro. Nesse dia, milhão e meio de pessoas desfilaram em Barcelona numa demonstração de dignidade nacional e responsabilidade cívica – nem um único incidente foi registado, nem um único vidro foi partido – e o mundo subitamente ficou alertado para um conflito que não é caraterizado pela violência ou terrorismo, e sim impulsionado pela força tranquila duma velha nação.

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Aquesta entrada s'ha publicat en Col·lectiu Emma el 13 d'abril de 2014 per TaizaBrito