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POR UM PAÍS DE CORPO INTEIRO

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O Jornal i de Portugal (ionline.pt), publicou, em 23 de maio, entrevista com Muriel Casals, presidenta de OMNIUM, associação cívica que trabalha em prol da língua e cultura catalãs, sobre os motivos pelos quais aquela “nacionalidade histórica” busca a independência da Espanha. OMNIUM está organizando, para 8 de junho, ação coordenada em sete capitais europeias, dentre elas, Lisboa, visando a sensibilizar a União Europeia e o mundo sobre o desejo do povo da Catalunha de decidir seu futuro político em um referendo no próximo 9 de novembro.

INDEPENDENTISTAS DA CATALUNHA QUEREM TER PAÍS DE “CORPO INTEIRO”

Por Agência Lusa
publicado em 23 Maio 2014 – 12:10

 Casals explicou que o governo catalão (Generalitat) está “fortemente decidido” em avançar com o processo do referendo “dentro da legalidade”

A dirigente de uma associação cívica catalã, que organiza em junho em Lisboa uma ação de sensibilização pelo referendo na Catalunha, disse que a região não quer ser um “braço” de Espanha, mas um país de “corpo inteiro”.

“Os espanhóis dizem que se nos formos embora de Espanha é como se lhes cortassem um braço. É por isso mesmo que temos de ir. Porque não queremos ser um braço, queremos ser um corpo inteiro”, disse à Lusa Muriel Casals, dirigente da Omnium, uma associação cívica e cultural da Catalunha.

A organização realiza no próximo dia 08 de junho, em Lisboa, em simultâneo com as cidades de Londres, Berlim, Paris, Genebra, Bruxelas, Roma e Barcelona, pirâmides humanas que representam os “castelos da Catalunha”, numa operação de sensibilização pela realização do referendo pela independência da província espanhola, que o Governo de Madrid não aceita.

“A independência é a melhor forma de construir uma relação amistosa e pacífica de estabelecermos uma relação com Espanha e sem a pretensão de transformar Espanha, que está contente de estar como está. Nós não somos nem melhores nem piores, somos diferentes. Queremos ser vizinhos, não queremos estar dentro”, disse.

Casals explicou que o governo catalão (Generalitat) está “fortemente decidido” em avançar com o processo do referendo “dentro da legalidade” e que está disposto a negociar a data se o Governo espanhol der autorização.

“Por autoridade, Madrid não reconhece que possa existir um povo como o catalão que quer a soberania”, acusou a ativista, acrescentando que a Catalunha “é um país” que perdeu sempre as guerras, mas que quer “ganhar a paz e a independência” pela via da democracia.

Entre outros aspectos, como “pano de fundo” da questão catalã está a política fiscal que, segundo Muriel Casals, para a Catalunha tem sido “injusta” porque as finanças públicas só gastam na comunidade autônoma uma pequena parte daquilo que é coletado aos habitantes.

Por outro lado, afirmou, a língua na Catalunha “é uma forma de resistir desde 1714” – desde quando os Bourbons venceram aos Habsburgos e tentaram erradicar o catalão – e rejeitou as críticas de que a língua catalã é imposta aos habitantes da província.

“Em 300 anos não conseguiram fazer desaparecer o catalão e manter a língua foi uma forma de resistência”, disse Muriel Casals.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Aquesta entrada s'ha publicat en Jornal i el 23 de maig de 2014 per TaizaBrito

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